Veneza - 09/12

Depois de todo o problema com a Easyjet, chegamos em Veneza desesperados por um pouco de paz e honestidade. Pegamos um ônibus para a piazza Santa Lucia e lá pegamos um vaporetto para a estação de Ca´d´oro.  Veneza é realmente mágica e percebemos isso no momento em que pisamos nela. A vista que tivemos do vaporetto era divina, mesmo estando de noite, e eu pensei "valeu a pena". Chegamos na estação de Ca´d´oro umas 23:20 e tudo estava fechado. Começamos a caminhar com os malões pelas ruelas de pedra, encantados com o que estávamos vendo. Eu me sentia dentro de um filme antigo. Veneza não é dividida por nomes de ruas, ela é dividida por áreas e estas divididas pela numeração, logo, o endereço do hotel nos indicava que ele estava na área de Cannaregio. A numeração segue entre as ruelas e teve uma hora que nos perdemos, estávamos numa praça e só tinha uma pequena lanchonete familiar aberta. Fomos até lá e um simpático senhor nos atendeu, pedimos ajuda e ele nos explicou como chegar ao hotel. Depois da explicação dele tudo ficou mais fácil, em 5 minutos estávamos no hotel Ca´d´oro.

Quando chegamos no hotel nos deparamos com um pequeno problema. Nossa diária havia iniciado no dia anterior e ele não estavam esperando nossa chegada para aquela noite. O segurança nos explicou que ele era só segurança e que não podia fazer check-in, mas foi muito simpático em ligar para o gerente do hotel e explicar a situação. Resolvido, deixamos nossos passaportes lá e recebemos a chave do quarto. Subimos num elevador micro (já estávamos acostumados com isso, o Adonis, em Atenas, era assim também) e ao entrar no quarto, percebi que valera muuito a pena todo o sufoco para chegar até ali. O paraíso não vem sem luta. O quarto era lindo, romântico, com uma vista deslumbrante para o canal. Os lençóis eram delicados e macios, o chão tinha um carpete felpudo, as paredes eram finamente decoradas e confortáveis poltronas estavam a nossa disposição. Pendia do teto de madeira um belo lustre de cristal, que emitia uma iluminação suave e assim que fechamos a porta, o aquecedor ligou automaticamente. Ficamos deslumbrados com todo aquele luxo e bom gosto. Nossos estômagos roncaram e corremos para encontrar a lanchonete aberta.

Chegamos lá e suas luzes já estavam apagadas, mas ele ainda nos recebeu... A pizza de lá é fantástica e o dono é um amor! Sem contar que, por ser uma lanchonetezinha, era muito barata! Aquele foi eleito o nosso lugar de Veneza... Depois de comermos uma pizza dos deuses, voltamos para o hotel caminhando devagar para curtir mais um pouquinho daquele lugar cinematográfico. Chegamos no nosso aconchegante quarto e o Daniel tomou um longo banho de banheira enquanto eu arrumava minha mala, estava calma, como a muito tempo não estava, me sentia no lugar certo e me perdi em pensamentos... Queria ter mais tempo ali... Quero voltar à Veneza de novo. Acordei com o Daniel me chamando, estava deitada na cama e nem sei como fui parar ali, estava tão cansada... Preparei a banheira com água bem quente e coloquei o sabonete liquido que havia levado exclusivamente para ela. Quando entrei na banheira, senti a água quente envolvendo meu corpo como um lençol de seda e tudo desapareceu, era eu e a banheira, Veneza, paz...  Fiquei horas lá dentro, nem percebi quanto tempo, mas sei que foi muito pois o Dani ficou preocupado achando que eu havia dormido ou desmaiado. Após o banho nós dormimos, juntos, pela primeira vez em 18 dias!

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